quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013



Os primeiros livros direcionados ao público infantil surgiram no século XVIII. Autores como o francês Charles Perrault (Cinderela, Chapeuzinho Vermelho) escreviam suas obras focalizando principalmente os contos de fadas. No século XIX, na Alemanha, os irmãos Grimm (João e Maria, Rapunzel) alargaram a antologia dos contos de fadas, o dinamarquês Christian Andersen (O patinho feio), o italiano Collodi (Pinóquio), o inglês Lewis Carrol (Alice no país das Maravilhas), o americano Frank Baum (O mágico de Oz), o escocês James Barrie (Peter Pam) constituem-se em padrões de literatura infantil. Nesta época, a literatura infantil era tida como mercadoria, principalmente para a sociedade aristocrática. Com o passar do tempo, a sociedade cresceu e modernizou-se por meio da industrialização, aumentando a produção de livros.

Alguns Livros infantis que serão sempre clássicos...


O QUE É LITERATURA INFANTIL?



A concepção de literatura infantil é um tema bastante discutido entre os estudiosos e ainda hoje se encontram opiniões divergentes. Uns defendem a literatura infantil que seria escolhida pelo próprio leitor e que nele desperta prazer.
Para que uma estória realmente prenda a atenção da criança, deve entretê-la e despertar sua curiosidade (BETTELHEIM, 1980).
Há outros que até mesmo questionam a existência de uma literatura especificamente infantil.
O gênero literatura infantil tem, a meu ver, a existência duvidosa. Haverá música infantil? Pintura infantil? A partir de que ponto uma obra literária deixa de se constituir alimento para o espírito da criança ou jovem e se dirige ao espírito adulto?(ANDRADE, 1997, p.37).
            O termo literatura é intransitivo e, independente do adjetivo que receba, é arte, emoção e prazer. O termo infantil associado à literatura não significa que ela tenha sido feita basicamente para crianças. Isto é, a literatura infantil acaba sendo aquela que corresponde de alguma forma, aos anseios do leitor e que se identifica com ele, aquela que o permite enxergar o mundo à sua maneira, no seu tempo e no seu espaço.

Até que ponto os contos infantis ajudam a desenvolver a imaginação e a formação de um adulto leitor?


         O interesse pela leitura deve ser estimulado desde a infância, na família, pois é a primeira instituição, seguida pela escola. Infelizmente tanto a escola quanto a família tem deixado a desejar. É preciso também que a leitura se adeque a idade, que seja envolvente, para despertar curiosidade, magia, o prazer em ler. O que se vê nas escolas é o descaso na formação de leitores, e cabe aos pais e professores a implantação desses hábitos. A escola não tem claro a função no que se refere a competência linguística que o aluno deve dominar, somos herdeiros de uma tradição pobre e improvisada. A literatura infanto-juvenil passou a existir na Pedagogia com os textos de Perault a princípio para dar lições de morais e bons costumes. Outra questão que deve ser levada em consideração são os altos preços dos livros, muitos alunos só tem contato com o que as escolas distribuem e aí está a importância das escolas oferecerem bons livros.  Os docentes devem estar informados sobre as obras atuais e os clássicos. Sempre se acreditou que “ler se aprende lendo” ou que “os livros infantis ensinam a ler”. A forma como estão escritos os livros infantis ajudam os leitores a dominar muitos aspectos necessários a compreensão leitora, em geral, e para a compreensão literária. Os estudos sobre os leitores nos permitiram saber que não importa o que lêem, contanto que leiam, já que não se aprendem a ler livros difíceis apenas lendo livros fáceis, mas a quantidade de livros também importa e seria o pontapé inicial. Os livros infantis seriam os degraus de uma escada, onde num primeiro estágio seria através da oralidade e posteriormente pela escrita. Ou seja, a criança no início ouve histórias, depois passa a lê-las. Os livros para leitores iniciantes são recentes, antigamente se usava as cartilhas, os contos só eram escritos para crianças que sabiam ler. E necessitavam serem criados livros para serem olhados, tocados, manuseados, livros para iniciar as práticas de leitura.
Assim sendo, o presente trabalho visa discorrer acerca dessa funcionalidade dos contos infantis como forma de mostrar o quanto pode ser positivo esta abordagem para o desenvolvimento integral da criança e como é possível utilizar este gênero literário para que possa construir meios de desenvolver o letramento nos anos iniciais do ensino fundamental.
Diante do exposto, questiona-se: Até que ponto os contos infantis ajudam a desenvolver a imaginação e a formação de um adulto leitor?